Rosario é o principal centro de exportação da Argentina. Os operadores estão monitorando a colheita depois de tempestades em agosto e outubro terem inundado importantes zonas de produção de trigo do país sul-americano.
Uma colheita ruim poderia levar o Brasil, principal mercado da Argentina, a comprar trigo dos Estados Unidos.
O presidente da Bolsa de Comercio de Rosario, Raúl Meroi, disse à Reuters que o teor de proteína do trigo desta temporada deixa muito a desejar, mas acrescentou que as inundações do início da temporada não trarão um corte na previsão da bolsa de uma safra de 12 milhões de tonelada.
"Os 12 milhões de toneladas estará lá", disse Meroi em uma entrevista em seu escritório em Rosario, nesta terça-feira.
A previsão é bem acima dos 9,2 milhões de toneladas que, segundo a bolsa, foram colhidas em 2013/14, dos quais cerca de 2 milhões de toneladas foram mantidas em estoque.
A demanda doméstica de trigo na Argentina é de cerca de 6,5 milhões de toneladas, de acordo com o governo, que controla de perto as exportações de trigo como forma de garantir a ampla oferta local de alimentos.
Assim, após o mercado local ser fornecido, a Argentina deve ter ainda 7,5 milhões de toneladas de trigo para exportação, incluindo as reservas da última temporada.