Publicado em 05/12/2014 14h58

Estudo aponta onde estão os melhores e os piores pastos brasileiros

Identificação de áreas pode direcionar políticas públicas para o setor agrícola
Por: Redação Globo Rural

pasto

Um estudo sobre a atual situação das pastagens brasileiras será lançado na próxima quinta-feira (11/12), pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG). O objetivo é localizar, quantificar e qualificar as áreas de pastos, através de um levantamento detalhado que vem sendo feito desde o ano passado.

Com essa avaliação, a secretaria poderá orientar políticas públicas, incluindo aquelas voltadas para o crédito e extensão rural.

O trabalho será apresentado durante o simpósio “Radiografia das Pastagens”, que será realizado no auditório da SAE, a partir das 9 horas. Durante o evento, os especialistas irão apresentar a localização das áreas de melhor e pior pasto, dimensionar a importância de um pasto produtivo na redução da emissão de gases de efeito estufa e na diminuição do desmatamento e orientar regionalmente as políticas públicas de intensificação sustentável da pecuária.

Ainda de acordo com os dados levantados pela SAE, o Brasil é o quinto maior país do mundo em território, com 8,5 milhões de km2 de extensão e cerca de 25% da sua área (220 milhões de hectares) ocupada por pastagens. A maior parte do rebanho brasileiro, de 212 milhões de cabeças, é criada em pasto, o chamado “boi verde”. Estima-se que somente 3% do rebanho são terminados em sistema intensivo.

A média de lotação de bois nos pastos brasileiros é de 1 cabeça por hectare. Em pastos vigorosos e produtivos, essa média cresce para patamares acima de 4 cabeças por hectare.

Considerando que a intensificação da pecuária elevasse, até 2022, a média nacional para 1,3 cabeça por hectare, um aumento de 30%, seria possível acomodar todo o rebanho em uma área menor. Isso liberaria cerca de 44 milhões de hectares para o avanço de bioenergia, florestas plantadas e grãos, especialmente a soja, sem a necessidade de conversão de novas áreas de florestas nativas.

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