Em sete anos, a evolução do período só perde para a registrada em 2013. Mesmo em 2008, quando a economia nacional crescia a taxas superiores a 5,0%, os preços dos cortes no último bimestre subiram 4,5%.
Sem contar que os cortes de traseiro, de maior valor agregado, subiram 14,8%, frente a 11,9% para as carnes de dianteiro em doze meses, comportamento típico de momentos em que a população está mais capitalizada.
Ou seja, os frigoríficos têm conseguido impor preços maiores aos cortes. Porém, a margem não evolui. As indústrias que fazem a desossa têm obtido receita média 15,5% superior ao valor pago pela arroba do boi gordo, queda de dez pontos percentuais em um ano.
Com a pouca oferta de gado, que levou à valorização significativa da arroba, não há outra alternativa para a indústria a não ser reduzir suas margens, condição que se tornou básica para operar em 2014.
A alta da matéria prima tem sido repassada até o ponto em que o varejista, e depois o consumidor, conseguem absorver.