No próximo dia 18 de setembro inicia a Expoinel, no Centro de Exposição Fernando Costa, em Uberaba (MG). Considerada uma das mais importantes exposições do Brasil, durante o evento serão realizados leilões, palestras e trocas de experiência entre os criadores.
A Guabi – uma das maiores empresas de ração e suplemento mineral do Brasil – estará com sua equipe técnica para conversar com os criadores e instruí-los sobre a importância de suplementar o gado, manejado em regime de pasto, de forma correta. De acordo com o José Leonardo Ribeiro, gerente de produtos de ruminantes da Guabi, para que os animais alcancem o desempenho esperado, no período seco, são necessários cuidados especiais com a alimentação. “A suplementação é fundamental para corrigir as deficiências apresentadas pela forragem neste período. A utilização de suplementos minerais proteicos, proteico/energéticos ou rações de semiconfinamento são estratégias interessantes para aumentar a produção de arrobas por hectare”, afirma.
Quando bovinos não são suplementados com fontes proteicas de qualidade, no período seco, o desempenho é insatisfatório. Para atender bovinos nesta época, momento que a qualidade da forragem reduz consideravelmente, a Guabi recomenda suplementos proteicos, proteico/energéticos e rações de semiconfinamento. Dentro do portfólio destaque para os produtos Guabiphos 40 VM Secas (proteinado) e o Supripasto 28 VM (ração de semiconfinamento).
O diferencial destes produtos está na presença da virginiamicina, aditivo melhorador de desempenho e de eficiência alimentar. Os pecuaristas que desejam incrementar o ganho de peso e reduzir a idade de abate dos animais, o investimento nos suplementos com virginiamicina será compensado com maior ganho de peso dos animais manejados em regime de pasto. Este aditivo melhorador de desempenho - quando fornecido na quantidade adequada - propicia ganho de peso adicional de aproximadamente 80 g/animal/dia, no momento que é comparado a um produto semelhante, sem aditivo. Desta forma, o animal atingirá o peso desejado precocemente, permitindo que outro ocupe sua área.
O que fazer e não fazer no período seco? Os animais ao serem criados em sistema de produção baseado quase que exclusivamente na exploração das pastagens, fato comumente observado no Brasil, torna-se praticamente impossível conciliar a produção de forragem de alta qualidade, durante todo o ano, com a demanda de nutrientes dos animais.
A produção pecuária dos países localizados no trópico sul, no qual se enquadra o Brasil, é reconhecidamente afetada pela estacionalidade da produção de forragens. Este estacionalidade gera a necessidade de suplementação mineral e proteica dos bovinos no período seco do ano, quando o objetivo dos pecuaristas é o incremento do ganho de peso dos animais.
Na tentativa de elevar a produção de forragem, muitos produtores vedam piquetes precocemente, o que resulta em aumento do intervalo entre cortes do capim. Este fato ocasiona alterações significativas na estrutura e composição do capim que será pastejado pelo animal. A maior altura do dossel forrageiro será representada por incremento de Haste, a qual apresenta valor nutritivo bem inferior às folhas.
Quanto maior a altura da forragem, no momento do pastejo, maior o tempo para realização de um bocado, o que poderá acarretar em menor consumo de forragem ao longo de um dia de pastejo. A forragem consumida apresentará menores teores de Minerais e Proteína Bruta, porém maior teor de fibra.
A redução percentual do teor de proteína bruta é bem mais significativa que a queda no teor de NDT (Nutrientes Digestíveis Totais), o que resulta no aumento da relação NDT: PB. Quando esta relação excede 7:1, o consumo de matéria seca é prejudicado, pois o aumento desta relação indica a falta de nitrogênio fermentescível no rúmen, substrato fundamental para que os microrganismos do rúmen degradem alimentos fibrosos.
A deficiência de fontes nitrogenadas no rúmen, principalmente oriundas de fontes de proteína verdadeira (ex: farelos proteicos), resulta em menor síntese de proteína microbiana e, conseqüentemente, redução no aporte de aminoácidos no duodeno, fato que também explica redução de consumo. Por isso, não é incomum resultados de desempenhos insatisfatórios no período seco do ano, quando bovinos não são suplementados com fontes proteicas adequadas.
Em última análise, ao suplementar os animais com nutrientes limitantes na forragem (proteína, energia e minerais), no período seco do ano, haverá incremento no consumo de forragem, bem como maior digestibilidade do alimento consumido. A adoção desta prática elimina o chamado “boi sanfona”, animal que perde peso no período seco do ano, fato que compromete a eficiência econômica e produtiva de qualquer propriedade.