O sócio-consultor da MB Agro Alexandre Mendonça de Barros afirmou nesta quarta-feira (3/12) que a arroba do boi gordo a R$ 145 favorece o pecuarista mas pressiona a indústria, que vê suas margens comprimidas.
Segundo ele, o reflexo do preço da carne bovina no varejo, a pressão vinda das margens menores dos frigoríficos, a situação de países importadores e a concorrência de frangos e suínos podem comprimir o preço da arroba.
"O grande ganhador tem sido o pecuarista e não a indústria. As margens não estão alinhadas e os preços altos limitam o consumidor", disse Barros para uma plateia de 500 pessoas, a maioria pecuaristas, no Beef Summit, em Ribeirão Preto (SP).
Para o consultor, o primeiro impacto na demanda de carne deve vir do ajuste fiscal recessivo previsto para ser feito na economia em 2015. "Os grandes mercados do Brasil, países árabes, Rússia e Venezuela dependem muito do petróleo, que está em queda, e teremos de buscar outros destinos para manter a exportação", disse. "O preço do frango vai cair a partir de janeiro e isso também pressionará o bovino", completou.