Segundo o assessor de Agronegócios da Aiba, Luiz Stahlke, a antecipação do plantio da soja foi solicitada à Adab para que as áreas irrigadas funcionem como grandes laboratórios a céu aberto. “Denominamos estes espaços de ‘áreas iscas’ onde poderemos fazer testes e pesquisas que nos ajudarão no combate as pragas e doenças que atingem as lavouras de soja, milho e algodão”, disse Stahlke.
Com base nisso, a Aiba desenvolveu o projeto de oferta de estágio voltado para o monitoramento da Ferrugem Asiática, Helicoverpa armígera e da Mosca Branca. O objetivo é conhecer o nível de infestação e incidência destas pragas e doenças nas lavouras de soja irrigada do Oeste da Bahia. Com os dados em mãos, será possível definir, em tempo hábil, a melhor alternativa de manejo que o produtor poderá utilizar.
De acordo com o projeto, serão contratados 12 alunos das três faculdades pelo período de cinco meses. A Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) será parceira, oferecendo a logística de deslocamento dos monitores; a Adab ministrará o treinamento para identificação da Ferrugem Asiática e o Agrônomo e coordenador de campo do projeto, professor Jorge Silva, vai orientar sobre como identificar a Helicoverpa armígera e a Mosca Branca.
“ Além de promover uma ação de integração entre as instituições de classe, universidades e produtores, estaremos oportunizando aos estudantes conhecimentos práticos de manejo agrícola e, por consequência, melhor qualificação profissional ”, explicou Ernani Sabai, diretor de Agronegócios da Aiba.
Capacitação
O período de estágio será iniciado, no dia 07 de outubro, quando os estudantes receberão instruções de uso do GPS e sobre a coleta de dados, além de serem capacitados para identificar pragas e doenças. O curso será realizado no auditório da Abapa, em Barreiras, das 8 às 12h.
Já no dia 08, os universitários seguirão para o campo, onde serão acompanhados pelo coordenador do curso, professor Jorge Silva, e pelos agrônomos das fazendas. Será a oportunidade de colocar em prática tudo o que foi aprendido.
Para Jorge Silva, que também é mestre em Fitopatologia, a parceria entre produtores e universidades será positiva para todos os envolvidos. “A universidade se aproxima da sociedade e o aluno ganha horas de estágio supervisionado, além de ter um contato direto com a pesquisa. Essa parceria vai fomentar a produção científica no meio acadêmico”, explicou o professor.