Publicado em 01/12/2014 14h00

Desempenho do ovo em novembro de 2014

O processo de recuperação apresentado pelo ovo em outubro – e que, se esperava, continuaria no bimestre final de 2014 – teve duração efêmera.
Por: Avisite

ovos

Em novembro, os preços pagos ao produtor voltaram a registrar o mesmo processo de deterioração de preços que vinha sendo observado desde que passada a Páscoa. Em decorrência, o mês foi encerrado com um valor médio 1,84% menor que o do mês anterior.

Comparativamente ao mesmo mês do ano passado, novembro registrou pequeno ganho, o que não havia ocorrido nos seis meses anteriores. Mas também esse ganho, de apenas 0,27%, foi efêmero, pois visivelmente aquém da inflação acumulada nos últimos 12 meses. 

Em novembro, a remuneração obtida pelo produtor de ovos só não ficou aquém da que foi registrada nos meses de janeiro e setembro. Por outro lado, comparada com aquela alcançada em abril, apresentou retrocesso dos mais significativos, já que a queda superou os 40%.

Pior, no entanto, é constatar que o valor alcançado no final de novembro correspondeu à metade do que foi alcançado nos melhores momentos da Quaresma de 2014. Ou seja: foi preciso produzir o dobro para obter o mesmo rendimento de sete ou oito meses atrás.

Indo mais além: na média dos treze anos decorridos entre 2001 e 2013, o ovo foi comercializado em novembro por valor igual à média registrada no ano anterior. Pois em novembro de 2014 o valor médio obtido no mês foi mais de um quarto (26,5%) inferior à média de 2013, índice que ressalta a deterioração de preços do produto.

Tudo isso faz com que o preço médio alcançado nos primeiros 11 meses de 2014 permaneça negativo em relação ao anterior, encontrando-se 7,5% aquém da média alcançada em 2013. 

Como se trata de defasagem impossível de ser revertida no mês de dezembro, o corrente exercício será fechado com retrocesso de preços em comparação ao mês anterior, fato que não ocorria desde 2010.
 

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