No interior paulista encerrou o mês cotado a R$2,50/kg, valor que significou queda de 7,4% no curto espaço de cinco dias e rompeu uma estabilidade vinda desde outubro.
Menos mal porque esse retrocesso ocorreu na última semana do novembro. Graças a isso, o valor médio registrado no mês registrou queda de apenas 2,73% em relação ao mês anterior, ao mesmo tempo em que proporcionou variação positiva de 7% em relação a novembro de 2013. Mesmo assim, o mês foi encerrado com a mesma cotação registrada um ano atrás, ou seja, com perda de valor real se levada em conta a inflação acumulada no período.
Mesmo sendo proporcionalmente pequena (-2,73%), a redução mensal observada em novembro foge ao comportamento histórico observado no setor. Pois, considerados os resultados médios dos últimos 18 anos (1996 a 2013), em novembro deveria ser obtida ligeira valorização em relação a outubro e o melhor preço médio dos 11 primeiros meses do ano. Como, desta vez, essa valorização não se concretizou, novembro teve apenas o segundo melhor preço do período.
Não só isso, entretanto. Pois, considerados esses mesmos 18 anos, o frango vivo obteve, na média, remuneração 8% superior ao preço médio do exercício anterior. Pois em 2014 o resultado vem sendo negativo, visto que o valor médio registrado entre janeiro e novembro se encontra 1,64% aquém do registrado em idêntico período de 2013.
Mesmo contando com alguma recuperação em dezembro – afinal, é o mês das Festas, o de maior consumo no ano – são poucas as probabilidades de reversão do resultado negativo em 2014. Assim, pela primeira vez após oito anos da grande crise ocasionada pela Influenza Aviária, o frango vivo encerra o exercício registrando preço médio inferior ao do ano anterior.
