O mercado interno voltou a registrar quedas de preços do algodão, puxadas pela retração dos compradores, à espera de novas desvalorizações, e pela pressão externa. Até o momento, os leilões para auxiliar o escoamento da produção e garantir preços acima do mínimo não foram suficientes para sustentar o mercado.
Em setembro/14, houve recuo de 2% nas cotações, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
No dia 25 de setembro/14, o Governo realizou o primeiro leilão de Pepro de algodão, sendo adquiridas 498 mil toneladas ofertadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), 99,4% do total.
Os contratos futuros do algodão negociados em Nova York retomaram a tendência de queda em setembro. Naquele mês, as estimativas de queda dos estoques dos EUA impulsionaram momentaneamente as cotações. Após atingir o pico de US$ 70,61 centavos por libra-peso em meados, o produto registrou desvalorização de 12% no início de outubro/14.
A tendência, no geral, ainda é de queda, tendo em vista a expectativa de aumento expressivo dos estoques mundiais em 2014/15. Isso deve ocorrer principalmente em função do recuo das importações chinesas, já que os estoques daquele país estão em níveis muito elevados.
Além disso, a oferta disponível nos Estados Unidos começou a aumentar com o início da safra. A colheita avançou sobre 10% da área de cultivo até o dia 28 de setembro/14, segundo dados do Departamento de Agricultura do país (USDA).