Publicado em 06/10/2014 12h29

Irrigação permite produção durante estiagem na Bahia

O perímetro aumentou sua capacidade de 4.367 mil hectares para 8.269 mil ha irrigáveis na última década.
Por: Ministério da Integração Nacional

Aumentar a safra durante o ano e manter a produção nos meses de seca já é possível devido ao uso de tecnologias específicas. É o caso do perímetro de irrigação de Maniçoba, localizado em Juazeiro (BA), que se destaca pela produção contínua e pelo crescimento da área irrigada mesmo na estiagem prolongada.

O perímetro aumentou sua capacidade de 4.367 mil hectares para 8.269 mil ha irrigáveis na última década. A fruta que ganhou mais destaque nas mãos dos produtores é a manga, que atualmente gera uma média de 25 toneladas por safra. O aumento do cultivo proporcionou investimentos e exportação para os mercados americano, japonês e europeu. Maniçoba também trabalha com uva, coco, maracujá e cana-de-açúcar.

O gerente executivo do distrito, Valter Matias, afirma que a produção de frutas no perímetro encontra-se dentro dos índices indicados para a região. "Não é que as áreas irrigadas não sofram com a seca, mas a produção tem sido satisfatória devido ao uso de tecnologias, como a irrigação localizada por microaspersão e gotejamento", explica.

Na irrigação localizada, a aplicação de água é feita próxima às raízes das plantas, em pequenas quantidades e com alta frequência. Trata-se de um método que, devido a essas características, possui grande potencial de desenvolvimento associado à fruticultura e olericultura no Brasil, especialmente em condições menos favoráveis de clima, solo e disponibilidade de água, como as que encontramos no Nordeste do País.

Os sistemas de irrigação mais usados neste método são o gotejamento, em que a água é aplicada gota a gota, e a microaspersão, que consiste em aplicar água na forma de pequenos jatos próximos às raízes.

Segundo Matias, a agricultura irrigada requer uso de tecnologias e investimentos para alcançar bons resultados de produtividade e rentabilidade. "Com foco na produtividade, os agricultores familiares do nosso perímetro são atendidos pelo serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), vinculada ao Ministério da Integração Nacional", afirma.

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