Publicado em 12/12/2016 19h15

Carne bovina foi destaque na agenda de Novacki em Londres

Secretário seguiu da capital inglesa para Israel, onde busca maior cooperação tecnológica para plantio em ambiente complexo
Por: Mapa - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Eumar Novacki, em viagem a Londres, manifestou  expectativa de estreitar a relação comercial com o Reino Unido, tendo em vista a saída britânica da União Europeia (Brexit). Em reuniões com autoridades do Reino Unido, propôs intensificar as relações comerciais e obter parceria preferencial contemplando a agropecuária.

Temas sensíveis, como o comércio de carne bovina, tiveram destaque nas discussões. “Esses temas devem ser encarados como parte de parceria profícua e não como de concorrência”, advertiu. O Mapa está à disposição para abrir o diálogo e concretizar ações sobre uma plataforma de aproximação, “na busca de soluções relativas ao sensível setor por um mecanismo de benefício mútuo”, argumentou.

O secretário ainda reiterou o interesse na troca de experiências científicas e tecnológicas da Embrapa com os centros de pesquisas ingleses, em conversa com a ministra The´re`se Coffey, do Departamento de Meio Ambiente, Alimentac¸a~o e Assuntos Rurais do Reino Unido (DEFRA),

A agenda na capital londrina, que contou com apoio da diplomacia brasileira, teve como um dos objetivos demonstrar que o sistema produtivo brasileiro incorporou a sustentabilidade, “um caminho sem volta, no qual o governo, por meio de políticas públicas estimula a produção com esses requisitos”, destacou o secretário.

Há compromisso da agricultura e da pecuária com os fatores de mudanças climáticas, com a preservação da biodiversidade e da água e, ao mesmo tempo, com o provimento da segurança alimentar, suprindo o mundo com alimentos de qualidade, afirmou. A contribuição que o Brasil tem dado na área ambiental deve ser seguida de reconhecimento pelos países, convertido e materializado em preferência pelo produto brasileiro, defendeu.

A representantes de governo e  a investidores, lembrou a importância de obter recursos a taxas atrativas para ampliar sistemas produtivos de baixo carbono. Ressaltou que o Brasil conta com sólido e experimentado mecanismo de garantias de títulos específicos, lastreados pela produção e, até mesmo, pela própria terra. 
 
“Nosso setor e o país estão prontos para avançar ainda mais, mas necessitam de contrapartidas”, reforçou no fim da viagem ao Reino Unido, de onde seguiu para Israel, com a finalidade de fortalecer a cooperação em tecnologia para plantar em ambientes complexos, como os do Nordeste e estreitar relações comerciais.