Publicado em 25/11/2014 14h24

Representante da ONU debate relação entre estado e agronegócio no Fórum de Agricultura da América do Sul

Membro de uma das comissões regionais da Organização das Nações Unidas (ONU), Monica Rodrigues, vai falar sobre políticas públicas e tendências para o desenvolvimento do agronegócio na América Latina
Por: Cepal

A oficial de Assuntos Econômicos da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal) – uma das cinco comissões regionais da Organização das Nações Unidas –, Mônica Rodrigues, participa da conferência “O papel do estado no desenvolvimento do agronegócio”, durante o 2º Fórum de Agricultura da América do Sul (Agricultural Outlook Forum South America). O evento acontece nos dias 27 e 28 de novembro e debate o agronegócio mundial a partir da realidade sul-americana.

 

A Cepal tem como foco promover mais inclusão socioeconômica e sustentabilidade na cadeia produtiva do agronegócio na América Latina. A comissão também busca identificar as experiências que têm dado bons resultados e difundi-las para outras áreas. “Incluir os pequenos produtores no sistema traz muitas vantagens, que abrangem aspectos territoriais e industriais, como a dinamização das economias rurais”, comenta Rodrigues.

 

Tendências

Durante a conferência, a representante vai falar sobre o papel das políticas públicas na promoção do setor agropecuário na América Latina e no Caribe. Após transformações institucionais nos governos durante os últimos quinze anos, surgiram novos modelos e tendências. Uma delas é a maior a participação do setor privado no desenho e aplicação de políticas públicas. “É a associação entre o público, o privado e o produtor. As câmaras setoriais temáticas e os comitês sistema-produto também fortalecem a experiência interdisciplinar, integrando o desenvolvimento social e ambiental, a tecnologia e o comércio, entre outras áreas”, explica.

 

Como destaque, Rodrigues cita as políticas de encadeamento do setor produtivo primário, que buscam incluir os pequenos produtores na cadeia de valor de forma mais estável, direta e sustentável. “Antes o Estado, mais paternalista, prestava assistência técnica desalinhada com os sinais do mercado. Agora os produtores recebem assistência associada às demandas da agroindústria, com um compromisso que muitas vezes inclui a contratação desses fornecedores”, conclui.

 

Além da representante da Cepal, participam do evento especialistas dos Estados Unidos, Rússia, Índia, México e América do Sul; representantes do Banco Mundial e da AgResource, além de técnicos e pesquisadores da América do Sul. As inscrições podem ser feitas na secretaria do evento, no local.

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