Será que a nuvem negra da crise começa a se dissipar no Estado do Mato do Sul? Essa é questão que muitos executivos estão ansiosos para responder. Se depender do setor frigorífico local, as expectativas são de tempo aberto, com sol, céu azul e sem nuvens. E um futuro promissor.
Desde 2012, o segmento vem colhendo um tempo cinza. Com fechamentos de unidades frigoríficas, retração nos negócios e no consumo. Segundo o jornal o Correio do Estado, o setor agora fala de investimentos de R$ 20 milhões em empreendimentos para 2017. As cidades de Santa Rita do Rio Pardo e Chapadão do Sul prometem ampliar a capacidade de abate local e gerar centenas de empregos diretos.
No Estado ainda há falta de ofertas de animais acabados para abate, a demanda ainda não é a esperada, porém, segundo os indicativos da Associação de Matadouros, Frigoríficos e Distribuidores de Carnes do Estado do Mato Grosso do Sul (Assocarnes/MS), a retração chegou ao fim. E isso já é motivo para o setor celebrar.
MS se fortalece no exterior e EUA quer carne in natura local
Missões internacionais já estão com datas marcadas para visitas, e auditorias em estabelecimentos de carne bovina in natura também. A expectativa é que entre os dias 10 e 22 de novembro, Chile, Cuba e Bolívia passem pelo Estado. A agenda das delegações ainda não foi revelada.
A abertura do mercado dos Estados Unidos também dá injeção de ânimo nos frigoríficos. Para executivos do setor, os embarques para a terra de Tio Sam vão abrir novas portas para o mundo e fazer uma “propaganda” da qualidade e seriedade da produção do MS.
O acordo de passe livre para a carne brasileira vai possibilitar o envio de carne in natura (antes, os EUA apenas compravam carne processada brasileira). E o abertura prevê a comercialização de vários cortes. Marfrig e JBS já estão habilitados. E a expectativa é que em breve novas plantas frigoríficas sejam também autorizadas. E com com isso, o tempo cinza e nublado do setor fique de vez para trás.