Publicado em 24/11/2014 08h59

Pesquisa aponta novas alternativas para cana de garapa

Ferrugem alaranjada diminui produtividade da 3250
Por: A Cidade

canadeaçucar

O Brasil tem hoje 424 variedades de cana-de-açúcar. A 3250, a cana de nossa garapa, começou a ser plantada em 1988. Embora desprezada pelas usinas, ainda é a segunda mais cultivada (13% da área) perdendo apenas para a RB-7515, com ocupação de 29% da área de plantio, o correspondente a 2,5 milhões de hectares. Em terceiro lugar vem a 6928 e, na sequência, uma sucessão de variedades do CTC (Centro Tecnológico Canavieiro) de Piracicaba.

Uma doença chamada ferrugem alaranjada é o que tem levado os usineiros a substituir a 3250. Infelizmente, ela está com os dias contados.

“Trata-se de uma variedade antiga. Seu desenvolvimento foi iniciado em 1981 e, portanto, está mais sujeita à ferrugem alaranjada. Outras espécies têm ocupado seu espaço”, diz o engenheiro agrônomo Virgílio Vicino, diretor de marketing do CTC.

O agrônomo sugere como possíveis substitutas algumas variedades do CTC, como a 4, 9, 9001. “São canas com alto teor de sacarose que podem ser testadas para garapas”.

Instituto Agronômico

O pesquisador Marcos Andrade Guimarães Landell, do IAC (Instituto Agronômico de Campinas) dá prazo: em dois anos a 3250 estará erradicada. “Existem outras variedades de cana mais rentáveis”.

Para substituí-la, há duas variedades com excelente coloração, segundo o pesquisador: são a IACSP-95-5000 e a IAC-91-1099.

Especial para o paladar, a ‘413’ é do tipo sensível

A variedade 413, também produzida em Cajuru e apreciada em rodelas – ou rolete – muito vendidas em portas de escolas, é de ótima qualidade, macia e suculenta em razão do baixo teor de fibras. Mas não é plantada pelas usinas por se tratar de uma cana muito sensível, que se verga facilmente a ventos mais fortes e vai ao chão.

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