“Os volumes das exportações de carnes de aves e suínos estão bons, mas, os custos de produção estão insuportáveis e, por isso, a rentabilidade do setor está próxima de zero. A crise aguda do milho ainda não acabou". Forte, a frase é do presidente da presidente da Cooperativa Central Aurora Alimentos e vice-presidente para assuntos do agronegócio da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) Mário Lanznaster.
Ele continua: “Desde o início deste ano, o encarecimento do milho prejudicou muito as maiores cadeias produtivas de Santa Catarina, causando pesados e irreversíveis prejuízos à avicultura e à suinocultura. O grão encareceu cerca de 50% e chegou a valer R$ 60 reais a saca de 60 kg.”
Segundo Lanznaster, o preço do milho no mercado brasileiro retirou a competitividade internacional. “Atualmente, recuou para R$ 41 reais e ainda impõe prejuízos aos criadores e agroindústrias.” Lanznaster informa que “o milho norte-americano custa R$ 26 reais para quem produz frango e suíno naquele país e, se a importação fosse autorizada, chegaria ao Brasil mais barato que o nacional”.