O secretário executivo da pasta, Ruiter Padua, abriu o evento ressaltando a importância da transferência de conhecimentos para o produtor rural. “Ao longo da nossa gestão, temos incentivado a diversificação da produção, principalmente entre as pequenas propriedades, e isto só pode acontecer da maneira correta quando se tem o conhecimento necessário”, afirmou ele, que agradeceu a participação das instituições parceiras, como Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Plantio
A primeira palestra do evento foi ministrada pelo pesquisador da Embrapa Rui Castro, que falou sobre a “Implantação, condução, colheita e comercialização do maracujá amarelo”. Segundo ele, embora seja uma cultura de grande lucratividade para o produtor, o plantio da fruta deve ocorrer de forma cautelosa, devido aos riscos envolvidos. “É necessário analisar cada detalhe, como as condições de solo, clima e mudas, para que se reduzam aos máximos os riscos de aparecimentos de doenças”, afirmou.
Já o engenheiro agrônomo da Seagro Genebaldo Barbosa de Queiroz falou sobre os “Custos de produção do maracujá amarelo”. Ele explicou que, alguns destes custos, são principalmente no início do plantio, como o investimento em irrigação e em espaldeiras, enquanto outros, como o preparo do solo, das covas, os tratos com o cultivo e a colheita, são permanentes. “O produtor precisa estar atento para as especificidades do local onde vai plantar, para adequar seus investimentos às suas necessidades”, frisou.
Variedades
A pesquisadora da Embrapa Ana Maria Costa apresentou o “BRS Pérola do Cerrado (BRS PC) – Novas oportunidades para o agricultor”. Trata-se de uma variedade da fruta, desenvolvida pela instituição que, além de mais resistente a pragas e doenças, também tem vantagens nutricionais em relação a outros tipos. “Além de ser um fruto mais doce, mais rico em enxofre, cálcio, ferro e outros nutrientes, a rama deste tipo de maracujá pode ser utilizada no artesanato. O fruto todo tem aproveitamento, desde a alimentação à indústria cosmética”, frisou.
Também da Embrapa, o pesquisador Gustavo Azevedo Campos mostrou um estudo realizado na região de Lajeado, que apresenta um comparativo entre mais de 12 tipos de frutas e suas especificidades. “É importante que o produtor esteja ciente das características das matrizes disponíveis no mercado para que faça sua opção de forma a valorizar os recursos de que dispõe, de maneira consciente”, disse.