Não que o mercado tenha se alterado: como é típico deste momento do mês, continuou fraco, com algumas negociações sendo realizadas por valores inferiores aos referenciais. Mas, aparentemente, o risco de novas quedas foi superado e, dessa forma, agosto tende a ser encerrado sem novos recuos.
O que aponta nessa direção é, principalmente, o fato de os preços no atacado virem apresentando incisivos sinais de reação desde o início da semana. Ou seja: à primeira vista, os varejistas começam a retornar às compras.
Demorou mais que o esperado, pois, no mês passado, esse processo começou um pouco antes e propiciou aquela que foi a maior valorização do frango abatido neste ano: incremento de preço superior a 15% no curto espaço de 10 dias.
É verdade que, na sequência, os preços recuariam mais de 10% em relação ao seu pico. Mas, ainda assim, o comportamento do mercado no decorrer do mês não foi muito diferente do observado um ano atrás, em agosto de 2015, com alta na primeira metade do mês, recuo a seguir (segunda quinzena) e retomada do processo nos últimos dias do período.
Sob esse aspecto, aliás, os dois primeiros meses do corrente trimestre são em tudo similares ao mesmo período de 2015. Conta-se, agora, que esse comportamento tenha continuidade em setembro. Porque, em 2015, nos 14 primeiros dias de setembro, o frango abatido valorizou-se quase 21%. E o frango vivo, senão com a mesma intensidade, acompanhou essa valorização.
