Além disso, com a chegada de uma nova frente fria do Sul no fim de semana, até 130 milímetros de chuva podem cair em quatro dias sobre as principais plantações de café do Brasil em Minas Gerais e Espírito Santo, a partir de 24 de novembro, segundo a Somar Meteorologia.
Se confirmadas, as chuvas generalizadas sobre o centro-sul poderiam sugerir o fim da seca que começou em janeiro e causou volatilidade nos mercados futuros de café e açúcar este ano. O Brasil é o maior exportador das duas commodities.
Meteorologistas do Commodities Weather Group, nos Estados Unidos, disseram que os modelos de previsão apontam para a possibilidade de algumas áreas de cultivo de café em Minas Gerais receberem chuva em excesso no período de 6 a 10 dias.
No entanto, o CWG acrescentou que modelos têm errado recentemente em relação aos volumes de precipitações, e que as chuvas podem ser mais fracas do que o esperado.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ligado ao do governo, não registrou chuva significativa nas últimas 48 horas na maior parte das regiões produtoras de café e de cana em São Paulo e Minas Gerais.
Chuvas esparsas no Rio Grande do Sul e no Paraná, também previstas a partir de quarta-feira, devem ajudar o plantio de soja, ainda que a colheita de trigo sofrerá devido à umidade.
Pancadas de chuva também devem atingir Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul.
Chuvas generalizadas são esperadas para cobrir a maior parte das regiões de soja, milho, café e cana-de-açúcar a partir da próxima semana, durante vários dias, o que deve compensar o recente tempo quente e seco.
A chuva será bem-vinda especialmente sobre as áreas de café, onde as plantações floresceram nas últimas semanas. A chuva deverá garantir a fixação das flores, que vão se transformar nos frutos a serem colhidos no próximo ano.