É importante que os produtores de algodão, que semearam a soja na resteva de algodão, fiquem atentos para o risco da emergência de plantas de algodão indesejáveis entre as do cultivo de soja; até o momento todas as áreas acompanhadas pela Ampasul apresentam um bom manejo e estão livres de plantas remanescentes ou sementeiras de algodão, o que é uma boa notícia.
Uma estratégia que estava sendo avaliada na Região é a de que seja monitorada, através de armadilhas a base de feromônio, a presença de bicudo nestas áreas de soja plantadas na resteva de algodão, contabilizando as capturas frequentes e altas nas armadilhas.
Caso a captura for alta, seria recomendado fazer o uso de inseticidas específicos para o controle do bicudo, que possuam registro para a soja e têm efeito no controle do eventual bicudo remanescente na área, esta operação seria feita no momento em que o pulverizador entrar no talhão para realizar o controle de lagartas da soja.
Uma crítica levantada diz respeito a reduzida mobilidade de bicudos para as armadilhas, pois as plantas de algodão em que eles estariam seriam mais atrativas; além do mais pode ser um contrassenso pulverizar lavouras de soja para combater uma praga específica do algodoeiro: o ideal seria extinguir as soqueiras, tigueras e rebrotas das áreas de soja, antes do plantio da leguminosa.