No dia 17 de novembro, o frango vivo negociado em Minas Gerais sofreu nova baixa de cinco centavos, sendo negociado por R$2,50/kg. Foi a quinta redução em apenas 10 dias de negócios, o que corresponde a uma baixa a cada dois dias, ocorrência aparentemente inédita na avicultura mineira.
Por sinal, comparativamente ao que tem ocorrido em São Paulo, o frango vivo de Minas Gerais vem registrando em 2014 muitos altos e baixos. Aliás, mais baixos do que altos.
Por exemplo, em junho deste ano – momento normalmente difícil para o frango vivo, independentemente do exercício e de sua localização geográfica – o produto de São Paulo estabilizou-se no mínimo de R$2,15/kg, enquanto o de Minas Gerais retrocedia até R$1,85/kg.
Em contrapartida, em outubro passado o frango vivo paulista parou no máximo de R$2,80/kg, enquanto o mineiro prosseguia até R$2,95/kg. Neste caso, a variação entre o mínimo e o máximo foi de 30% em São Paulo e de praticamente o dobro (59,5%) em Minas Gerais.
Mas nos últimos dias a situação voltou a reverter-se. A ponto de, no momento, o produto de Minas registrar valor quase 7,5% menor (20 centavos a menos) que o paulista.
Como se vê, a diferença tornou-se significativa. E como as duas praças estão muito próximas, os negócios de São Paulo, estáveis há mais de três semanas, podem acabar contaminados.
Não custa observar, de toda forma, que enquanto o mercado mineiro se mostra frágil e o paulista permanece estável, o paranaense está em busca de frangos vivos. Possível indício de que a fragilidade de Minas é ocorrência regional extremamente pontual, não refletindo a realidade do mercado de aves vivas.
