Foi negociado no último sábado por R$2,80/kg, mesmo valor registrado na sexta-feira quando, na terceira baixa da semana, perdeu outros cinco centavos. Em outras palavras, em apenas três dos sete primeiros dias de negócios de 2015 viu seu preço inicial sofrer uma redução de 20 centavos.
Mesmo assim, nada de anormal. Por enquanto. Em quase todo início de ano o frango, vivo ou abatido, passa por uma readequação de mercado – e não só porque o consumo reflui naturalmente em relação ao período de Festas, mas também porque cai o número de consumidores (devido às férias), enquanto, paralelamente, o poder aquisitivo dos consumidores remanescentes se encontra atrelado a antigos e novos ônus financeiros.
Vale registrar, também, que a valorização experimentada pelo frango vivo no decorrer do segundo semestre de 2015 não foi integralmente acompanhada pelo frango abatido, pois sua evolução de preços teve como limitante um consumidor depauperado. Em decorrência, houve momentos em que a ave viva chegou a representar mais de 85% da abatida (base: grande atacado de São Paulo), condição insustentável para quem se abastece no mercado independente e que leva, hoje, alguns abatedouros a reduzirem sua presença no segmento.
Esse é mais um fator de queda do frango vivo. Que, sem dúvida, tem que se readequar não só ao momento econômico brasileiro, mas também ao período de baixo consumo. Que só começa a ser superado a partir do momento em que o País entrar, de verdade, em 2016, ou seja, depois do Carnaval. Que, felizmente, neste ano acontece mais cedo.
