Relatório da consultoria INTL FCStone divulgado nesta sexta, dia 7, aponta que a balança mundial de açúcar na safra 2014/2015 (outubro deste ano a setembro do próximo ano) deve registrar um déficit de 2,8 milhões de toneladas da commodity. O primeiro resultado negativo entre a oferta e a demanda após quatro safras será puxado principalmente pela queda na produção da região Centro-Sul do Brasil, de 2,7 milhões de toneladas, ante a safra 2013/14, ou seja, o equivalente a quase todo o volume do déficit mundial.
Segundo a INTL FCStone, o déficit mundial de açúcar ocorrerá primeiramente pela redução de 1,2% na produção, para 179 milhões de toneladas, e pelo aumento de 2,4% na demanda, para 179,4 milhões de toneladas, uma diferença de 0,4 milhão de toneladas. Soma-se a esse volume uma perda de 2,4 milhões de toneladas de açúcar, totalizando 2,8 milhões de toneladas. O volume estimado dessa perda de açúcar é 45% menor que as 4,3 milhões de toneladas perdidas na safra 2013/14, recém-encerrada.
A contribuição da produção brasileira para a safra mundial 2014/15 será de 30,3 milhões de toneladas de açúcar, ante 32,9 milhões de toneladas da safra anterior. Além do Brasil, segundo a INTL FCStone, as maiores contribuições negativas para o déficit mundial de açúcar na atual safra virão da Tailândia, que vai retirar do mercado 1,1 milhão de toneladas e da China, com uma produção menor também próxima a 1,1 milhão de toneladas.
Na safra passada, o balanço entre oferta e demanda da commodity teve um superávit de 1,6 milhão de toneladas e na soma das quatro últimas safras positivas o volume ficou em 18,1 milhões de toneladas. O maior déficit recente foi na safra 2008/09, de 11,3 milhões de toneladas.