Ensaios com a cultura de milho, conduzidos pela Fundação MS ao longo deste ano, mostram a eficiência do uso de fungicidas no combate a doenças no plantio. Os principais estudos foram feitos com o incremento de diferentes híbridos de milho, verificando qual o melhor momento de aplicação do recurso. O objetivo é, além de controlar doenças, elevar a produtividade e margens de lucro das lavouras. Este assunto será um dos temas abordados durante as apresentações de resultados de pesquisas sobre a safrinha, no mês de novembro, em 10 municípios de Mato Grosso do Sul.
De acordo com o pesquisador de fitossanidade da Fundação MS, José Fernando Grigolli, o produtor deve se preocupar com o momento ideal de aplicação dos produtos, que pode depender do maquinário disponível na área. “Temos dois períodos chave para a aplicação. O primeiro é com o milho no estágio que chamamos de V8 (quando a planta já está com oito folhas desenvolvidas), e o segundo é no pré-pendoamento (neste estágio, o milho já apresenta um grau maior de desenvolvimento)”, ressalta.
No entanto, isso depende, também, do produto que será utilizado e das condições climáticas durante a condução da lavoura. “Em tese, anos mais chuvosos resultam em mais doenças e, como regra geral, duas aplicações podem resultar em maiores produtividades, enquanto os anos mais secos representam menos doenças e, desta forma, menor necessidade do uso de fungicidas”, explica o pesquisador.
Para as pesquisas realizadas pela Fundação MS, foram instalados dois tipos de ensaios de milho. O primeiro, com diferentes materiais, com o objetivo de observar os possíveis incrementos por meio do uso desta ferramenta e, o segundo, com diferentes fungicidas, possibilitando uma recomendação dependente de cada produto a ser utilizado.
Conforme Grigolli, os fungicidas são ótimos instrumentos de controle de doenças no milho e com grandes perspectivas de uso. “No entanto, uma ferramenta isolada, sem o conhecimento de como utilizá-la corretamente, pode resultar em aumento do custo de produção e ausência de incrementos significativos”, alerta o pesquisador. Utilizando os fungicidas de forma adequada, é possível controlar doenças como helmintosporiose (também conhecida como a mancha-marrom) e cercosporiose (mancha foliar).