Com esse objetivo, a equipe de consultores do Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono, desenvolvido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em parceria com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), visitou propriedades e empresas em Mato Grosso.
Os consultores visitaram os municípios de Vera, Sorriso, Ipiranga do Norte, Lucas do Rio Verde e Tapurah, na última semana, e conheceram diferentes meios de utilização de biogás, compostagem e aproveitamento de dejetos animais.
Aprimeira visita foi à Fazenda Nutribras Alimentos, em Vera. A empresa se destaca em MT pela utilização de biodigestores para manejo de efluentes e produção de suínos em sistema autossustentável. São 15 biodigestores, 100% utilizados. Ao todo, são gerados 600 Kwa que produzem até 80% de energia via biogás.
Biodigestores
A Fazenda Seis Amigos, em Tupurah, também visitada pelos consultores, tem uma área de 1.374 hectares, com 13.500 matrizes. Todo o dejeto suíno produzido na propriedade passa por biodigestores antes de ir para a lavoura. A fazenda distribui 100% dos dejetos nas pastagens por meio da fertirrigação, com malhas ou aparelhos autopropelidos, o que diminuiu o uso de adubação química.
Em Ipiranga do Norte, os consultores visitaram as fazendas São Roque e Mano Júlio. A São Roque utiliza o biofertilizante para as pastagens em sistema de pastejo rotacionado na bovinocultura de corte. A Mano Júlio possui 23 núcleos de terminação (300 mil cabeças por ano), quatro motores de geração de energia e sete carretéis de fertilização.
Todo o trabalho e a produção da Fazenda Mano Júlio é integrado a um sistema linear voltado para a sustentabilidade ambiental: reaproveitamento dos dejetos animais, biodigestão, produção de biofertilizantes, fertirrigação e preservação de APPs.
Projeto
O Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono, coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Cooperativismo do Mapa, com apoio do IICA, tem o objetivo de, ao longo de um ano, avaliar e disseminar alternativas economicamente viáveis para o tratamento de dejetos na suinocultura.
Por isso, estão sendo realizados levantamentos no Brasil e no exterior de modelos de tratamento, seguidos da avaliação econômica de cada um deles. Os modelos viáveis serão difundidos pelo projeto por meio de workshops nas principais regiões produtoras do Brasil.
