Publicado em 23/06/2015 16h09

Tecnologias para o milho safrinha são apresentadas em Dia de Campo

Com fatores favoráveis, produtores mostram otimismo para a produção deste ano.
Por: Fundação MS

milho - dia de campo

Produtores de Mato Grosso do Sul estão otimistas com a produção da safrinha para este ano. De acordo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) as lavouras devem produzir 8,049 milhões de toneladas do grão este ano. E para manter o produtor atualizado sobre as tecnologias empregadas no cultivo, a Fundação MS realiza neste mês, em parceria com o Senar/MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) os tradicionais Dias de Campo. O evento já foi realizado em Maracaju e São Gabriel do Oeste e percorre ainda por Bonito (25) e Sidrolândia (29).

 

Mais de 50 variedades de milho são apresentadas. Entre as opções, estão cultivares que apresentam bom potencial produtivo, estabilidade e tolerância a doenças foliares, por exemplo, além de se adaptarem positivamente ao solo de determinadas regiões do Estado. Híbridos de ciclo superprecoce, precoce e semiprecoce também fazem parte das recomendações. Alguns apresentam destacam-se pelo elevado grau de produção, florescimento e colheita precoce, com boa resposta ao manejo de fungicidas.

Conforme o pesquisador de fitotecnia milho da Fundação MS, André Lourenção, as condições climáticas foram favoráveis, bem como o controle eficaz de pragas e doenças. “Em algumas áreas, entre os meses de março e abril, faltou um pouco de chuva, mas de maneira geral o clima foi muito bom, o que gera boas expectativas”, explica, salientando, ainda, que não houve geada, nem grandes atrasos nos cultivos.

O desempenho de híbridos de milho com e sem o uso de fungicidas também está em pauta. “Em termo de qualidade, quando se aplica o fungicida, temos uma planta mais sadia e com menor risco de tombamento. Porém, em alguns materiais de milho, não foram verificados aumento de produtividade após a aplicação de fungicidas”, avalia o pesquisador de fitossanidade da Fundação MS, José Fernando Jurca Grigolli.

Em relação a doenças, Grigolli afirma que uma das que mais chamaram a atenção nos ensaios observados em Maracaju foi a helmintosporiose, que causa queimadura nas folhas e, consequentemente, prejudica a produtividade. “No entanto, isso não chegou a afetar a produção de forma geral porque os produtores estão cada vez mais atentos, realizando ao menos uma aplicação de fungicida por safrinha”, ressalta.

Outro assunto é a adubação do solo. Segundo o pesquisador de manejo e fertilidade, Douglas Gitti, alguns fatores são fundamentais para o bom desempenho na absorção de nutrientes para o solo e as plantas. “É preciso conhecer a fertilidade do solo para realizar a adubação. Por isso, ela deve ser feita em áreas corrigidas, com teores de micronutrientes adequados”, explica.

Os Dias de Campo são oportunidades para que os representantes da cadeia produtiva conheçam as novas tecnologias existentes no mercado para o milho safrinha.  “Desta maneira, o produtor terá embasamento para adquirir materiais apropriados, podendo escolher os que melhor se adaptam as condições de sua propriedade”, conclui o diretor executivo da Fundação MS, Alex Melotto.

Serviço: Os Dias de Campo da Fundação MS sobre a safrinha ocorrem neste mês em Bonito (25/06) e Sidrolândia (29/06). Confira a programação no site www.fundacaoms.org.br. Outras informações também podem ser obtidas pelo telefone (67) 3454-2631.