Publicado em 17/06/2015 11h57

Cutrale, Ouro Fino, BRFoods e JBS são as marcas brasileiras mais conhecidas pelos americanos

Estudo de agências de comunicação nos Estados Unidos mostram quais as empresas brasileiras mais lembradas pelos norte-americanos
Por: Viviane Taguchi

jbs

Um estudo realizado por uma agência de comunicação nos Estados Unidos apontou que, entre 22 empresas e marcas brasileiras mais lembradas na América do Norte, pelo menos quatro são do agronegócio. São elas: Brasil Foods, Cutrale, Ouro Fino e JBS-Friboi. A pesquisa aponta os índices positivos e negativos de cada um dos nomes citados, medidos no período de maio de 2014 até maio de 2015.

Paulo Sotero, diretor do Instituto Brasil do Woodrow Wilson Center, em Washington, capital norte-americana, diz que majoritariamente, essas empresas e marcas têm uma aprovação positiva (exceto a Petrobras e a OGX, do empresário Eike Batista), mas ainda precisam se popularizar na América do Norte. “Ninguém ignora a existência das empresas brasileiras, mas a maioria não sabe exatamente o que elas fazem, quem elas são”, diz ele, que participou, nesta terça-feira (16/6) da Convenção Anual da Bayer, em Washington, Estados Unidos. “As empresas do agronegócio precisam se mostrar mais e sem receio”.

A pesquisa aponta que as empresas Brasil Foods e Ouro Fino, com índices positivos de 0,4 e 0,5 pontos, respectivamente, não contabilizaram nenhum índice negativo. A Cutrale, do setor de citricultura, registrou 0,9 positivo e 0,2 negativo. A JBS-Friboiaparece com 1,4 positivos e 0,2 negativos.

Duas marcas tiveram o índice negativo maior que o positivo. A Petrobras (25,9 positivos contra 32,7 negativos) e a OGX (0,4 positivo ante 1,1 negativos). “É inegável que os casos de corrupção pesaram na avaliação da Petrobras”, afirma Sotero.

As outras marcas que apareceram na pesquisa, que também levou em conta registros em jornais, televisão e revistas, foram: 3G,Alstom, Ambev, Azul, BNDES, BTG Pactual, Banco do Brasil, Bradesco, CEF, Carrefour, Casino, Cielo, Eletrobras, Embraer, Itau-Unibanco, OAS, OGX, Odebrecht, Pão de Açúcar, Safra, Santander, Tim, Telefonica e Vale. Destas, a mais positivamente vista é a Embraer, com 2,8 pontos positivos.

Imagem positiva

O diplomata americano Anthony Harrington, que foi embaixador dos Estados Unidos no Brasil durante os anos de 1999 até 2001, durante o governo de Bill Clinton, e hoje preside a Ovation, uma rede de televisão, afirmou, que o “fantástico” agronegócio brasileiro precisa realmente se mostrar mais para o resto do mundo. Ele acredita que será desta forma que o setor pode ser fortalecer, mas primeiro, o produtor rural (as associações que os representam) precisam se unir e evocar um único discurso.

“A Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar) foi a primeira instituição do agronegócio que abriu escritórios nos Estados Unidos, na Europa e se mostrou para o resto do mundo. Foi um trabalho efetivo para desenvolver suas políticas”, diz ele. “Todas as associações que representam os produtores rurais brasileiros deviam seguir este caminho. É preciso criar uma consciência de mercado e mostrar a sua importância”.