A cidade de Luis Eduardo Magalhães, uma das principais produtoras de soja da Bahia, registrou nas últimas 24 horas uma chuva de 43mm, o que corresponde a metade do normal para todo o mês de outubro. Apesar de intensas, essa chuva ainda não á condições para o plantio de grãos, pois foi a primeira do período chuvoso e ainda não recupera a umidade do solo.
Além disso, essa chuva não é abrangente. Em Barreira, outra importante cidade agrícola do oeste baiano, o acumulado hoje foi de apenas 12mm, o que mostra que mais próximo ao Piauí e Maranhão falta água.
A chuva de hoje foi causada por uma frente no sul da Bahia, que formou um corredor de nuvens carregadas com a umidade da Amazônia. Pelo mesmo motivo choveu tanto em Porto Seguro, onde o volume foi de 80mm. “E a tendência é que esse tempo fechado e chuvoso se mantenha ao longo de toda essa semana”, explica o agrometeorologista da Somar Meteorologia, Marco Antonio dos Santos.
A chuva ultrapassa divisas
Não é apenas na Bahia que as chuvas foram fortes. Áreas de instabilidade provocam chuvas torrenciais em várias localidades de Goiás e Tocantins, o que recupera os níveis de umidade do solo. Em Peixes, cidade tocantinense, o volume de água passou os 55mm, valor normal para uma semana.
Novembro
A chuva retornou ao interior da Bahia, do Maranhão e do Piauí nos últimos dez dias de outubro, mas não apareceu com acumulado significativo na maior parte dos municípios. Para novembro, a chuva ainda não regularizará: a água do mar na costa da região mais fria que o normal não ajudará na organização das frentes frias e das chuvas.
A previsão da Somar Meteorologia é de acumulado abaixo da média. Somente no extremo sul da Bahia, região de Teixeira de Freitas, espera-se chuva acima do normal, mas esta precipitação deverá acontecer somente na segunda quinzena do mês.