Inicialmente, a cooperação focará no desenvolvimento de tecnologias para o controle de doenças específicas da mamoneira, bem como, em práticas agrícolas para a rotação de culturas entre a mamona e a soja.
O acordo irá reunir a experiência da Embrapa na pesquisa e desenvolvimento de mamona, com as variedades próprias da empresa, que são adaptadas para colheita mecanizada e práticas agrícolas modernas. Com isto, os produtores brasileiros terão a opção do cultivo em larga escala da mamoneira com viabilidade econômica e sustentabilidade.
De acordo com o chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Algodão, Liv Severino, o óleo de mamona está ficando escasso no mercado mundial e a demanda industrial é maior que a capacidade de produção dos principais países produtores. "Atualmente, a mamona é cultivada em aproximadamente 100 mil hectares no Brasil, em áreas que podem aumentar substancialmente a produtividade com a introdução de novas variedades e tratos culturais modernos", afirma.
O cultivo de mamona em rotação com a soja (em segunda safra) adotará cultivares de mamoneira da empresa após a colheita da safra de soja. A área alvo para o sistema de rotação de culturas está na região do Matopiba (Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), nas regiões Nordeste e Centro-Oeste do Brasil, onde se estima que cinco milhões de hectares sejam adequados ao plantio de mamoneira.
"A Embrapa tem trabalhado há três décadas na pesquisa e desenvolvimento de mamona no Brasil e alcançou um progresso notável em muitas áreas, incluindo fertilidade, controle de plantas daninhas, controle fitossanitário, agregação de valor a coprodutos e recursos genéticos", diz Liv Severino.