Publicado em 01/06/2015 16h30

Desempenho do ovo em maio de 2015

Internacionalmente, foi notícia nos mais variados meios de comunicação mundiais devido à forte alta de preços registrada nos EUA – consequência dos surtos de Influenza Aviária que, por lá, tem atingido sobretudo a avicultura de postura (em um mês, mais de 100% de aumento no produto in natura; no líquido pasteurizado, aumentos de até 200%).
Por: Avisite

01.06 ovos


Por aqui, o ovo foi motivo de capa de duas revistas da editora Abril. Em “Veja” foi mostrada a “Vitória Final... do mais eclético dos alimentos de origem animal”. Já a revista “Saúde É Vital” apontou “Seis Razões para Comer Ovo”. 

Nada disso, porém, influenciou o andamento do mercado interno que, neste ano, desfavoreceu o ovo até mesmo no período de Quaresma. E isso quer dizer que o preço do produto recuou pelo terceiro mês consecutivo, fechando maio com o menor valor médio em quatro meses, ou seja, desde fevereiro passado, quando foi registrada a maior cotação do ano.

Embora o preço médio dos cinco primeiros meses de 2015 esteja 8,7% acima da média anual de 2014, encontra-se ligeiramente aquém da média anual de 2013 (perto de 1% a menos). 

Neste último caso, a única vantagem econômica obtida pelo ovo com o preço atual é a preservação do poder de compra de suas duas principais matérias-primas. Assim, se em 2013 uma caixa de ovos extras adquiriu 2,080 sacas de milho e 55,957 kg de farelo de soja, neste ano (janeiro/maio) permitiu adquirir 2,15 sacas de milho (3,4% a mais) e 57,462 kg de farelo de soja (2,7% a mais).

No mais, a deterioração do poder de compra do ovo é geral, ou seja, suas perdas não ficam restritas à inflação. Na média de 2013, por exemplo, cerca de 352 dúzias de ovos (11,7 caixas) garantiam o pagamento de 1 (um) salário mínimo, então a R$678,00. Em 2015, com o salário mínimo a R$788,00, vêm sendo necessárias em torno de 413 dúzias (13,8 caixas, 17,4% a mais).