Mas, a ciência também faz parte deste universo. Aqui no Brasil a biotecnologia de produtos agrícolas ganhando força. Ainda sobre fiscalização da lei, os transgênicos comprovam um avanço na produtividade, enquanto apresentam maior resistência às pragas, entre outros benefícios.
Por definição, os produtos agrícolas transgênicos são aqueles que foram geneticamente modificados. Essa biotecnologia chegou ao Brasil com os primeiros grãos com seu DNA alterados nos anos 90. Atualmente, segundo o levantamento divulgado pela consultoria Céleres, o plantio de transgênicos deverá crescer em 3,9% na safra 2014/15. Entre as principais culturas, estão o algodão, o milho, a soja e a cana-de-açúcar.
Mas, o produtor precisa ficar atento. A modificação genética de um produto agrícola é específica. "De forma sucinta, quando introduzimos um gene de uma bactéria na soja, como, por exemplo, é para que ela crie em seu DNA toxinas resistentes a certas larvas. Isso evita o uso de agrotóxicos. Mas em outros casos, o transgênicos podem ser resistentes a seca ou até elevar seu nível de nutrientes", explica o pesquisador da Embrapa Soja e membro do CTNBio, Alexandre Nepomuceno.
Além dos grãos, no Brasil, também temos também a cana-de-açúcar. Neste meio, há um tipo de cana resistente a pragas, outra tolerante ao déficit hídrico. Já podemos ver cana com maior teor de açúcar mais ou produtiva.
Contudo, os transgênicos não são a solução de todos os problemas para garantir uma boa safra. Segundo o professor da Esalq, Mateus Mondin, os alimentos modificados não são totalmente resistentes. Por questões biológicas, eles não são infalíveis. "Algumas larvas podem se tornar intolerantes aos componentes genéticos dos alimentos, ou seja, ela pode se adaptar ao meio e atacar novamente", explica o professor.
De acordo com o pesquisador da Embrapa, a modificação genética é apenas uma ferramenta para evitar grandes perdas vindas de determinadas causas. "Ainda é preciso utilizar outras técnicas agrícolas para manter a qualidade da safra", completa.