Em função disso, a multinacional de agroquímicos apresentou o seu “Engeo Pleno”, um produto que, de acordo com a Syngenta, representa um avanço em relação às alternativas existentes para o controle de percevejos porque pode ser usado nas mais diferentes culturas. Segundo seus desenvolvedores, o produto atua contra as pragas por mais tempo, protegendo a planta contra os percevejos adultos e ninfas (fase intermediária entre a larval e a adulta). Outra caraterística da tecnologia é ser micro-capsulada, o que aumenta a segurança para o aplicador.
“É o produto mais bem adaptado para o controle de percevejos na soja. Aplicado corretamente durante os estágios reprodutivos das plantas, o seu efeito residual garante um controle de mais efeito, menores danos às vagens e confere mais qualidade aos grãos. Esses fatores afetam diretamente o lucro do produtor” diz Aimar Pedrini, gerente de inseticidas da Syngenta.
“Lavouras que não fazem o tratamento adequado tendem a perder em média 10% dos grãos por danos irreversíveis causados por percevejos. Com o uso do Engeo Pleno isso cai para menos de 1%”, completa o executivo.
O controle desse tipo de praga normalmente ocorre na segunda safra, quando há mais incidência. Com as mudanças climáticas e a recente introdução de tecnologias de controle de lagartas, a importância do manejo de insetos sugadores como os percevejos deve se tornar mais evidente.
No Brasil, há três espécies de percevejos considerados nocivos para a cultura da soja: o percevejo verde pequeno, o verde e o marrom. Quando esses insetos se alimentam, injetam enzimas digestivas nas plantas, murchando-as e fazendo com que os grãos se tornem “defeituosos”. Outra característica do ataque é o chamado efeito “soja louca”, que provoca a retenção foliar, fazendo com que as sojas maduras fiquem com as folhas verdes. “Esse problema afeta diretamente a qualidade dos grãos e causa perdas sensíveis no rendimento final”, conclui Pedrini.