O modelo de desenvolvimento agropecuário sustentável de Mato Grosso do Sul, que combina aumento de produtividade com metas ambientais, tornou-se uma referência nacional. Prova disso foi a visita de uma delegação do Governo de Mato Grosso e de entidades do setor produtivo a Campo Grande, nesta quinta-feira (16), para conhecer os programas de incentivos fiscais que já injetaram mais de R$ 325 milhões na produção rural sul-mato-grossense.
A comitiva mato-grossense, liderada pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, veio entender o funcionamento dos programas Proape-MS (Programa de Avanços da Pecuária de Mato Grosso do Sul) e PDAgro (Programa de Desenvolvimento da Produção Agropecuária de MS). O foco da visita foi a aplicação dos incentivos na cadeia da suinocultura, um dos destaques do modelo de MS.
Representando o governo sul-mato-grossense, o secretário-executivo Rogério Beretta, da Semadesc, apresentou os detalhes dos programas. O PDAgro concede prêmios de ICMS para diversas culturas, enquanto o Proape oferece abatimentos no mesmo imposto para atividades como bovinocultura, suinocultura e avicultura. Os benefícios são repassados aos produtores e podem ser usados como crédito fiscal ou convertidos em dinheiro, impulsionando toda a cadeia.
"Trata-se de um sistema bem estruturado que beneficia todos os envolvidos. Ao trabalharmos para que o sistema produtivo seja eficiente e sustentável, impulsionamos a economia como um todo", destacou Beretta, afirmando que o modelo é replicável. "Tenho certeza de que é aplicável. Acredito que este programa, fundamentado na ciência, poderia ser implementado com sucesso também em outros estados, especialmente no Mato Grosso."
O secretário de MT, César Miranda, reforçou o objetivo da missão: "Viemos conhecer as políticas públicas que o MS possui voltadas ao desenvolvimento da suinocultura, não apenas na questão tributária, mas também na área de sanidade".
O encontro, que ocorreu na Sefaz-MS e na Famasul, também foi visto como uma forma de fortalecer o diálogo entre os estados e o setor produtivo. "Esses intercâmbios são fundamentais porque permitem que produtores e instituições compartilhem experiências reais, contribuindo para políticas públicas mais assertivas", afirmou Renato Spera, presidente da Associação Sul-Mato-Grossense de Suinocultores (Asumas).
