Pesquisas, inovação e estratégias de mercado foram os temas centrais do roadshow promovido pela Embrapa Agroenergia com a agtech Krilltech. O encontro ocorreu no dia 2 de outubro, em Brasília (DF), como parte de uma série de visitas para troca de experiências entre a unidade da Embrapa e empresas do setor.
A equipe da Embrapa pôde conhecer o fluxo de trabalho da Krilltech, desde as pesquisas e ativos baseados em nanotecnologia verde até os produtos finais entregues ao mercado. A ação foi organizada pela Chefia de Transferência de Tecnologia em parceria com a Chefia de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Agroenergia.
A Krilltech nasceu como uma startup a partir de uma parceria entre a Universidade de Brasília (UnB) e a Embrapa Hortaliças. Atualmente, a empresa integra o grupo Casa Bugre e possui diversos produtos agrícolas no mercado, desenvolvidos com base em formulações orgânicas de nanobiofertilizantes.
Durante o evento, a equipe da Embrapa conheceu os formatos de projetos e a atuação da Krilltech em novas frentes de pesquisa aplicada. Marcelo Rodrigues, CEO da empresa, destacou que o objetivo maior é identificar as dores do campo e entregar a solução diretamente ao produtor.
O processo produtivo foi apresentado por Rogério Faria, diretor de Operações Industriais da Krilltech, durante uma visita à fábrica. Ele informou que toda a matéria-prima utilizada é 100% nacional, o que elimina a dependência de oscilações do mercado externo. “Pensamos numa economia verde e circular”, ressaltou.
Para a equipe da Embrapa, a experiência permitiu observar como as empresas estruturam projetos a partir de problemas reais que ocorrem nas propriedades rurais. A iniciativa oferece uma nova perspectiva para os pesquisadores no momento de construírem seus próprios projetos de pesquisa.
A visita evidenciou como a visão de longo prazo é fundamental para um projeto. Carime Rodrigues, diretora de P&D da empresa, apontou a necessidade de considerar, desde o início, como os ativos gerados podem ser absorvidos pelo mercado. “Às vezes, temos um projeto sensacional, mas não conseguimos levar para o mercado, por inviabilidade econômica”, destacou.
A pesquisadora da Embrapa Agroenergia, Simone Mendonça, identificou pontos em comum que podem agregar às suas pesquisas com macroalgas e bioinsumos. Ela citou que a visita já trouxe como resultado a reflexão sobre novas parcerias e formas de fazer negócios.