A safra brasileira de grãos 2024/25 deverá alcançar 345,2 milhões de toneladas, o maior volume já registrado na série histórica. O número foi divulgado no 12º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e representa uma alta de 16,3% em relação ao ciclo anterior.
O crescimento corresponde a um acréscimo de 49,1 milhões de toneladas, superando em mais de 20 milhões de toneladas o recorde anterior, da safra 2022/23. O avanço é resultado direto da expansão da área cultivada, que passou de 79,9 para 81,7 milhões de hectares no país.
A produtividade média nacional também contribuiu para o resultado, com uma elevação de 13,7%. O rendimento saltou de 3.769 para 4.284 quilos por hectare, favorecido principalmente pelas condições climáticas mais estáveis na região Centro-Oeste, com destaque para o estado de Mato Grosso.
A soja se mantém como a principal cultura e também atingiu produção inédita. A estimativa é de 171,5 milhões de toneladas, um aumento de 20,2 milhões de toneladas frente à safra anterior. A produtividade média da oleaginosa alcançou 3.621 kg/ha, o maior índice já registrado pela Conab.
O estado de Goiás lidera o ranking de produtividade da soja, com 4.183 kg/ha. Na outra ponta, o Rio Grande do Sul apresentou o menor rendimento, com 2.342 kg/ha, como consequência do estresse hídrico que atingiu as lavouras entre dezembro e fevereiro.
O milho também caminha para uma produção histórica, com uma projeção de 139,7 milhões de toneladas somando as três safras. A produtividade média do cereal, de 6.391 kg/ha, é outro recorde. A segunda safra, já praticamente colhida, responde por 112 milhões de toneladas desse total.
O algodão em pluma é outra cultura com desempenho inédito, com produção estimada em 4,1 milhões de toneladas, uma alta de 9,7% na comparação com o ciclo anterior. A colheita da fibra já alcança 72,8% da área total plantada no país.
Com a colheita finalizada, a produção de arroz foi de 12,8 milhões de toneladas, uma elevação de 20,6% sustentada pela ampliação da área semeada e pelo clima favorável no Rio Grande do Sul, principal estado produtor.
A estimativa para o feijão, somando as três safras, é de uma produção de 3,1 milhões de toneladas. Para as culturas de inverno, o trigo teve uma queda de 19,9% na área plantada, e a produção deve alcançar 7,5 milhões de toneladas.
