O ritmo de vendas da pluma no estado mostra focos distintos entre as temporadas. Enquanto a comercialização da safra 2024/25 avançou 1,12 ponto percentual no mês, atingindo 66,15% da produção, os negócios para a safra futura tiveram um crescimento maior, de 1,88 ponto percentual.
Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a venda dos lotes remanescentes da safra atual enfrenta desafios. A qualidade inferior de parte do produto e a maior exigência dos compradores têm limitado o fechamento de novos negócios.
Adicionalmente, os produtores adotam uma postura de maior cautela para liberar grandes volumes, uma vez que a colheita ainda está em sua fase inicial de intensificação. O preço médio da pluma para esta safra foi de R$ 132,63 por arroba em julho, uma queda de 0,61% em relação a junho.
Para a temporada 2025/26, o cenário é diferente. As negociações já alcançam 22,57% da produção projetada, um desempenho atribuído aos preços futuros, considerados mais vantajosos pelos cotonicultores.
O preço médio da pluma para entrega futura foi de R$ 136,60 por arroba, registrando uma alta de 1,41% em comparação com o mês anterior. Essa diferença de valores tem incentivado os produtores a travarem custos e garantirem receita de forma antecipada.
A tendência observada aponta para um mercado que aposta nas negociações antecipadas, aproveitando a janela de preços favoráveis e a maior previsibilidade de receita para o próximo ciclo produtivo.
A expectativa, segundo o Imea, é que o avanço da colheita e a definição da qualidade dos lotes da safra 2024/25 possam destravar as negociações restantes, enquanto a temporada seguinte segue com perspectivas positivas.