Milho: Colheita gigante e demanda fraca desafiam produtores
Publicado em 14/07/2025 10h50

Milho: Colheita gigante e demanda fraca desafiam produtores

Apesar da expectativa de safra recorde de milho em 2024/25, com produção estimada em 131,97 milhões de toneladas, o mercado brasileiro enfrenta pressão de baixa nos preços devido à colheita da segunda safra e à demanda enfraquecida.
Por: Redação

O mercado brasileiro de milho vive um paradoxo: a expectativa de uma safra recorde na temporada 2024/25, com produção estimada em 131,97 milhões de toneladas, contrasta com a pressão de baixa nos preços. O cenário é resultado da combinação entre o avanço da colheita da segunda safra e um comportamento mais cauteloso por parte dos compradores, tanto no mercado interno quanto no externo.

Segundo informações divulgadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a expectativa de uma colheita recorde na segunda safra – associada à menor movimentação por parte dos consumidores – tem sido determinante para o recuo nos preços. A demanda internacional também perdeu força, o que reforça a tendência de queda nas cotações domésticas.

Os dados do 10º levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) confirmam a projeção de uma safra histórica. A estimativa de 131,97 milhões de toneladas de milho representa um aumento de 14,3% em relação ao ciclo anterior, consolidando a maior safra da história do Brasil.

De acordo com a Conab, o aumento nas estimativas de julho, frente ao relatório de junho e também ao do mesmo mês de 2024, está relacionado ao bom desempenho das lavouras da primeira e da segunda safra. Esse cenário amplia a pressão sobre os preços, que seguem em queda nas regiões acompanhadas pelo Cepea.

A combinação de oferta elevada e demanda enfraquecida tem limitado a valorização do cereal nas principais praças do país. Produtores e especialistas do setor acompanham de perto a evolução do mercado, buscando estratégias para mitigar os impactos da queda nos preços.

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