Publicado em 14/05/2025 10h07

Capim-pé-de-galinha: como proteger seu cafezal dessa ameaça

O capim-pé-de-galinha, planta daninha de ciclo anual, representa uma ameaça para lavouras, especialmente em cafezais novos. Controle precoce é essencial para evitar prejuízos.
Por: Redação

O capim-pé-de-galinha tem se destacado como uma ameaça recorrente para lavouras, especialmente em áreas de cafezal novo. A planta daninha é de ciclo anual.

De acordo com a engenheira agrônoma Tatiza Barcellos, em artigo publicado no Blog da Aegro, a espécie ocorre em épocas mais quentes e apresenta forte adaptação a solos compactados.

“Os colmos podem ser eretos, com até 50 cm de altura. Também podem ser prostrados ao chão, ramificados e achatados”, descreve Barcellos.

A principal forma de reprodução da planta é a produção de sementes. Cada exemplar pode gerar mais de 120 mil.

A dispersão é facilitada pela ação do vento, que leva as sementes para pontos próximos à linha do café, favorecendo a infestação das lavouras.

“Se a população da invasora for alta, você terá prejuízos, principalmente em áreas de cafezal novo”, alerta Barcellos.

Além da competição direta por recursos essenciais ao cultivo, como luz, água e nutrientes, o capim-pé-de-galinha também agrava os riscos sanitários.

“Elas são hospedeiras de patógenos. Por isso, deixam a lavoura vulnerável às doenças”, aponta a engenheira.

Outro agravante é a resistência da planta a herbicidas comuns no manejo agrícola. “Já foram identificadas populações resistentes a 8 mecanismos de ação”, afirma.

Para reduzir o impacto da planta daninha, a engenheira recomenda a adoção de estratégias combinadas.

“Utilize a tecnologia e o manejo integrado como aliados no controle da daninha. Faça o controle biológico, físico e químico, além de rotação de mecanismos de ação”, orienta.

Segundo ela, é fundamental evitar que a planta floresça e produza sementes. A medida pode reduzir drasticamente sua disseminação.

Tatiza Barcellos também destaca a importância do controle nas fases corretas do ciclo agrícola.

“Realize triação em plantas jovens na entressafra e controle químico no preparo da colheita”, recomenda.

No caso do manejo pós-emergência, ela sugere o uso combinado de princípios ativos. “Opte pela utilização de inibidores de ACCAse + glifosato. Assim, você irá proporcionar um bom controle”, conclui.

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