Experimento foi realizado como Trabalho de Conclusão de Curso em Zootecnia da UFU. Foto: Brenda Nunes Rodrigues
Um estudo realizado no Setor de Forragicultura e no Laboratório de Bromatologia e Nutrição Animal da Universidade Federal de Uberlândia analisou a resistência à moagem e a composição químico-bromatológica de quatro cultivares de capins em pasto vedado. Os resultados podem auxiliar pecuaristas na escolha da espécie mais adequada para a prática, no melhor manejo e na formulação de suplementos para suprir o rebanho em época de seca.
O pasto vedado ou em diferimento consiste em selecionar parte da área da propriedade e excluí-la do pastejo a fim de alimentar o rebanho durante o período sazonal de escassez, geralmente no final do verão ou no outono no Sudeste e Centro-Oeste. Com a vedação, entretanto, conforme as plantas amadurecem elas acumulam grande volume de massa de forragem, mas também maior proporção de material morto e colmo, que são menos digestíveis.
“Às vezes o produtor entende que o gado come e fica com o rúmen cheio e acha que aquilo é bom. Mas isso significa que a fibra está parada, degradando lentamente e o animal não vai ter vontade de comer e, portanto, não é interessante”, esclarece a professora da área de Nutrição Animal e Nutrição de Ruminantes da UFU, Dra. Simone Pedro da Silva, que orientou o estudo conduzido por Brenda Nunes Rodrigues, dentro do curso de Zootecnia da universidade.
Por isso, é importante entender a composição, as características físicas e o comportamento de cada cultivar diante da vedação do pasto. O que se busca são cultivares que forneçam massa de forragem de melhor qualidade, com menor resistência e com maior valor nutritivo.
“Tem se estudado pouco a resistência física de brachiarias em diferimento e este é um dos méritos neste estudo. Para isso, neste caso foi utilizada a técnica da resistência a moagem utilizando um moinho de facas”, explica a professora e pesquisadora.
No caso da brachiaria híbrida Mavuno, desenvolvida pela Wolf Sementes, a pesquisa apontou ter menor resistência à moagem dentre as quatro cultivares analisadas. O resultado pode ser explicado pela composição morfológica da forrageira que apresentou maior porcentagem de folha viva (mais nutritivas) no perfilho vegetativo e menor porcentagem de folha morta.
Mavuno apresentou ainda níveis baixos de FDNi (Fibra em Detergente Neutro Indigestível), o que indica que boa parte da fibra ingerida pelo animal poderá ser melhor degradada, sem causar muito enchimento ruminal, o que impacta no consumo e desempenho animal.
“Temos acompanhado e apoiado diversas pesquisas com Mavuno em instituições de ensino que estudam forrageiras tropicais. E ficamos muito satisfeitos que nosso produto seja capaz de contribuir com mais produtividade e sustentabilidade para a pecuária Brasileira, afirma o CEO da Wolf Sementes, Alex Wolf.