De acordo com dados da TF Agroeconômica, os principais contratos de milho encerraram a sexta-feira com alta na Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3), impulsionados pela demanda interna e pelo suporte do dólar e do mercado de Chicago. O contrato para novembro acumulou um ganho semanal de 0,59%, enquanto o contrato de janeiro subiu 1,43%. A demanda interna elevada e as incertezas em torno do plantio da safra safrinha deram suporte adicional aos preços, embora tenham surgido alertas no mercado em função da redução nas previsões de exportação pela Anec.
A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) ajustou sua previsão de exportação de milho para outubro de 6,24 milhões de toneladas (MMT) para 5,93 MMT, representando uma queda de 4,97% em relação a setembro e de 26,70% em comparação com o mesmo período de 2023. Até o final de setembro, o acumulado de exportação de milho no Brasil em 2024 estava 28% menor do que em 2023, refletindo um cenário de menor escoamento do produto para o exterior.
Além disso, a Consultoria Agro do Itaú BBA indicou uma possível pressão sobre os preços do milho nos próximos meses devido à necessidade de liberar espaço para a soja que será colhida, considerando o atraso na comercialização do grão. Para a safra 2023/24, apenas 60% do volume de milho foi negociado até o início de outubro, enquanto a média histórica para o período é de 67%. Já para a safra 2024/25, a venda antecipada em Mato Grosso atingiu apenas 15,5%, abaixo da média de 31,2%, conforme dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
No fechamento do dia, os contratos futuros registraram alta: o vencimento de novembro/24 fechou em R$ 72,99, com elevação de R$ 0,05 no dia e R$ 0,43 na semana. O contrato de janeiro/25 foi negociado a R$ 76,73, subindo R$ 0,16 no dia e R$ 1,08 na semana, enquanto o contrato para março/25 alcançou R$ 77,15, com alta de R$ 0,52 no dia e R$ 1,24 na semana.