A TF Agroeconômica informa que a safra de trigo no Rio Grande do Sul deve alcançar cerca de 3,8 milhões de toneladas, das quais 300 mil toneladas são destinadas à ração e 3,5 milhões ao trigo panificável. A colheita no estado segue avançando, com atualizações de percentual esperadas para os próximos dias. No entanto, os rendimentos estão abaixo das expectativas iniciais, e já se estima que aproximadamente 15% dessa safra estejam comprometidos.
No mercado, os moinhos gaúchos estão buscando trigo a preços de até R$ 1.300,00 posto moinho, enquanto moinhos de fora tentam adquirir o grão por cerca de R$ 1.180,00 FOB. Para a ração, o volume negociado já ultrapassa 100 mil toneladas, envolvendo negociações entre tradings e fábricas de ração. Por outro lado, a exportação de trigo se mostra pouco competitiva, com indicações de preços a R$ 1.310,00 sobre rodas e cotações portuárias variando entre R$ 1.220,00 para pagamento em 15 de janeiro e R$ 1.230,00 para 30 de janeiro.
Em Santa Catarina, o mercado segue abastecendo-se do trigo colhido nos estados vizinhos, especialmente no sudoeste do Paraná, onde os preços são mais acessíveis, próximos a R$ 1.400 FOB. Nos preços da “pedra”, o valor pago aos triticultores de Santa Catarina varia conforme a região, com cotações de R$ 72,00/saca em Canoinhas e R$ 77,00 em Xanxerê. Os moinhos locais enfrentam desafios com o baixo fluxo de venda de farinha, o que impacta diretamente o ritmo de compra de grãos.
No Paraná, os moinhos mantêm negócios pontuais, comprando trigo no estado, no Rio Grande do Sul e no Paraguai, com preços ao redor de R$ 1.450 FOB no norte paranaense e R$ 1.400 para os moinhos. As negociações com vendedores têm indicado valores de R$ 1.500 para o trigo-pão e R$ 1.800 para o trigo branqueador, com impactos devido às quebras na colheita.