Os dados indicam que, nos quatro anos seguintes, o Brasil conseguiu dobrar sua participação internacional - Foto: Divulgação
José Carlos de Lima Júnior, sócio do Marketrat Group e cofundador da Harven Agribusiness school, destacou em suas análises a notável evolução do Brasil como exportador de milho. Segundo informações organizadas por Kevin Van Trump, CEO da Farmcon, os volumes exportados de milho por país foram monitorados desde a década de 1990, revelando uma transformação significativa na posição do Brasil no mercado global. Durante a década de 1990 e início de 2000, o Brasil nem aparecia no ranking de exportadores, enquanto na década de 2010 a 2020 já ocupava a segunda posição como produtor e exportador mundial do cereal.
Os dados indicam que, nos quatro anos seguintes, o Brasil conseguiu dobrar sua participação internacional na oferta de milho, superando os Estados Unidos, que haviam dominado o setor nas três décadas anteriores. Essa mudança representa não apenas um crescimento em volume, mas também uma alteração nas dinâmicas de mercado global. Nos anos de 2022 e 2023, o Brasil se consolidou com uma média de exportação anual significativa, desafiando a liderança histórica dos EUA.
Os dados históricos de exportação revelam a evolução do milho nos principais exportadores ao longo das décadas. Na média de 1990 a 1999, os Estados Unidos exportaram cerca de 45,54 milhões de toneladas métricas por ano, seguidos pela Argentina com 7,51 milhões e o Brasil com apenas 5,99 milhões. Já entre 2010 e 2020, os números mudaram drasticamente, com os Estados Unidos mantendo uma média de 46,65 milhões de toneladas, mas com o Brasil subindo para 25,76 milhões de toneladas, e a Argentina também aumentando sua participação para 23,19 milhões. Este crescimento contínuo e a posição emergente do Brasil ressaltam a importância do setor agrícola no desenvolvimento econômico do país e sua crescente influência no mercado internacional.