Segundo o Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (IBRAFE), os produtores de feijão-carioca no interior de São Paulo enfrentam desafios devido ao aumento das chuvas nesta semana. As condições climáticas adversas estão previstas para continuar, o que pode atrapalhar a colheita e afetar a qualidade dos grãos. Esse cenário tem gerado maior pressão sobre os preços, já que a oferta tende a diminuir com a colheita atrasada. Em resposta, muitos produtores elevaram suas ofertas, buscando aproveitar o momento de menor disponibilidade no mercado e assegurar margens mais atraentes.
Já em Minas Gerais, o mercado de feijão mostra sinais de valorização para o produtor, apesar do baixo volume de negócios registrados. De acordo com o IBRAFE, os preços subiram em média R$ 10 por saca para feijões com nota entre 8 e 8,5 e com baixa umidade. Esse aumento está diretamente ligado à redução da oferta local, o que beneficia os produtores da região que conseguem comercializar feijões de melhor qualidade. A expectativa é que esse movimento de alta se mantenha caso as condições de oferta não melhorem nas próximas semanas, pressionando ainda mais o mercado mineiro.
Em termos de comportamento do consumidor, há um cenário de incerteza. Com a alta dos preços, especialmente dos lotes de feijão-carioca de maior qualidade vindos de São Paulo, a demanda por feijões premium continua firme, mas é incerto se essa tendência se sustentará. A evolução do mercado nas próximas semanas será crucial para determinar a reação dos compradores e se os preços continuarão a subir ou se irão se estabilizar com o avanço da colheita e normalização das condições climáticas. Dessa forma, o comportamento da oferta e demanda será fundamental para definir a direção do mercado a curto prazo.