Os futuros de soja nos Estados Unidos registraram alta durante o pregão noturno desta quarta-feira, 16 de outubro de 2024. O movimento foi impulsionado por compras técnicas e pela expectativa de que a produção brasileira, o maior exportador global da oleaginosa, fique abaixo das estimativas divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, a produção do país deve alcançar pouco mais de 166 milhões de toneladas. Em contraste, o USDA havia projetado, na semana passada, uma colheita de 169 milhões de toneladas para o Brasil. Mesmo que as previsões da Conab se confirmem, o volume ainda representaria um aumento de 13% em relação ao ano anterior.
Nos Estados Unidos, a colheita de soja segue avançando, com 67% da safra já armazenada, conforme dados recentes do USDA. Esse índice está acima dos 47% registrados na semana anterior e supera a média de cinco anos, que é de 51%. O milho, por sua vez, também mostra avanço significativo, com 47% da colheita concluída, comparado aos 30% da semana passada e à média de 39% para o período. O plantio de trigo de inverno progrediu, com 64% das áreas plantadas, contra 51% na semana anterior e uma média histórica de 66%. Cerca de 35% das plantas já emergiram, superando os 25% registrados anteriormente e a média de 38%.
Na Bolsa de Chicago, os futuros de soja para entrega em novembro subiram 4½¢, fechando a US$ 10,08 por bushel. O farelo de soja teve alta de US$ 2,60, chegando a US$ 314,40 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja subiu 0,2¢, cotado a 42,65¢ por libra. Os contratos futuros de milho também apresentaram elevação, subindo 2¼¢, para US$ 4,03½ por bushel. Em contrapartida, os futuros de trigo para entrega em dezembro recuaram 3¢, para US$ 5,76½ por bushel, e os contratos de trigo de Kansas City caíram 2¼¢, para US$ 5,80¾ por bushel.