A área plantada com soja no Brasil na safra 2024/25 deve crescer 3%, para históricos 47,4 milhões de hectares, segundo projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). E para acompanhar essa expansão da cultura, vem crescendo também a utilização de defensivos biológicos nas lavouras. Conforme pesquisas, o Brasil possui hoje 36% de áreas cultivadas com algum tipo de insumo biológico.
Além de ser uma alternativa sustentável aos produtos químicos convencionais, os defensivos biológicos surgem com um forte aliado no combate a doenças foliares e pragas, como os percevejos. Apenas essa praga tem a capacidade de reduzir de 30 a 40% a produtividade da soja em grão e, se o plantio for para multiplicação da semente (sementeiras) esse número aumenta para a queda de até 50% da produção.
No Brasil, apenas 0,3% do controle de percevejos é realizado com ferramenta biológica, o que causa resistência a inseticida químico e aumenta o custo de controle, pois traz a necessidade de mais aplicações no ciclo. Para auxiliar no controle desta praga de fácil propagação e muito resistente aos inseticidas químicos, a Life Biological Control acaba de lançar no mercado o Defender Soy, produzido a base da vespa parasitoide (Telenomus podisi).
A aplicação de insumos biológicos com o Defender Soy, pode reduzir as perdas em até 30% na produtividade, além de trazer benefícios como o controle dos ovos, manejo da população resistente, perda de vagem e redução da quantidade de adultos da praga no final do ciclo da soja, como explica a CEO da Life Biological Control, Cristiane Tibola.
“As microvespas parasitam os ovos dos percevejos no campo, sendo um dos únicos produtos que controlam os ovos, isso é um diferencial muito importante, pois não deixa que esses novos percevejos eclodam e causem danos, evitando assim que a praga se instale nas plantas, ou seja, ao invés de nascer percevejo, nasce uma microvespa que vai continuar o ciclo de controle biológico na lavoura”, afirma a especialista em controle biológico de pragas.
De acordo com pesquisa realizada pela Embrapa Soja, as espécies de percevejos encontradas com mais frequência na cultura da soja são o percevejo-marrom e o percevejo-verde-pequeno, sendo o principal alvo na aplicação de inseticida químico. Estima-se que para o controle do percevejo na soja sejam realizadas, em média, de quatro a oito pulverizações de inseticidas por ciclo da cultura. Porém, o uso frequente de inseticidas tem favorecido a seleção de indivíduos resistentes, e falhas de controle no campo têm sido reportadas com frequência.
Diante desse cenário, o uso da microvespa Telenomus podisi como um defensivo biológico tem se mostrado, cada vez mais, uma estratégia eficaz no controle de pragas, especialmente do percevejos-marrom, ressalta a pesquisadora. “O Defender Soy apresenta controle acima dos 95% na cultura da soja. É o único produto no mercado que elimina o ovo do percevejo. O resultado é um grão com melhor qualidade e peso, melhorando muito o vigor da semente”, enfatiza Cristiane.
Apresentado ao mercado para a safra 2024/2025, o Defender Soy possui registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e está à disposição dos agricultores nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso do Sul, num raio próximo à fábrica que fica no município de Piracicaba, interior paulista. “Optamos inicialmente por essas regiões por se tratar de um organismo vivo macro biológico que tem um tempo de prateleira curto e precisa de uma logística rápida e assertiva”, completa a especialista.
Para finalizar, a pesquisadora e CEO da Life lembra da importância do monitoramento da presença do percevejo no campo para a tomada de decisão das primeiras aplicações e das outras duas que vão ocorrer durante a safra de soja. “Esse monitoramento será determinante para o resultado final do produto, que vai além da cultura da soja. Pois, em regiões que plantam milho safrinha, o Defender Soy será um importante aliado do controle do percevejo-barriga-verde que mais ataca o milho safrinha”, afirma Cristiane.