O setor industrial de Mato Grosso do Sul registrou o 6º maior crescimento do país, conforme aponta a Carta de Conjuntura da indústria, publicado pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação). No mês de agosto de 2024, a produção industrial do Estado registrou um aumento de 4,2% em comparação ao mesmo período de 2023. Esse desempenho foi superior à média nacional, que foi de 3,2%, na mesma comparação.
A indústria de transformação foi um dos impulsionadores desse resultado, com destaque para a fabricação de produtos alimentícios, que cresceu 7,4% no acumulado do ano, e a produção de celulose e produtos de papel, com aumento de 4,6%. Ainda no setor de transformação, a fabricação de coque, derivados de petróleo e biocombustíveis também apresentou números expressivos, com crescimento de 5,9% no acumulado de 2024 e de 10,9% nos últimos 12 meses. Por outro lado, as indústrias extrativas enfrentaram queda de 29,2% no acumulado do ano e de 23,9% em 12 meses.
Além do crescimento interno, o relatório destaca o desempenho positivo das exportações da indústria de Mato Grosso do Sul. No acumulado de janeiro a agosto de 2024, o valor exportado da indústria de transformação aumentou 20,49% em relação ao mesmo período do ano anterior. Produtos como celulose, carne bovina fresca ou refrigerada, farelos de soja, açúcares e gorduras vegetais lideraram as exportações sul-mato-grossenses. A indústria extrativa, apesar da queda na produção, também obteve resultado favorável nas vendas externas, com um crescimento de 17,67% no valor exportado, impulsionado pelo minério de ferro e seus concentrados.
“Os dados de agosto reforçam o posicionamento de Mato Grosso do Sul no cenário industrial brasileiro, especialmente com a contribuição das indústrias de transformação e o desempenho nas exportações. Com seis grandes plantas industriais, algumas já em atividade e outras em fase de instalação no Estado, nos consolidamos como o Vale da Celulose. Seguimos com a estratégia de produção multiproteína, atraindo investimentos na avicultura, suinocultura e piscicultura. A tendência é que o setor de transformação continue a liderar esse crescimento no Estado, especialmente em áreas como alimentos e biocombustíveis, que têm mostrado maior dinamismo tanto no mercado interno quanto externo”, avalia o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.