Apesar dos ataques, o Ministério da Agricultura da Ucrânia informou que o país exportou 11,2 milhões de toneladas de grãos - Foto: Divulgação
Em 7 de outubro, um míssil russo atingiu um navio graneleiro atracado no Porto de Odesa, resultando na morte de uma pessoa e ferindo cinco tripulantes, conforme informado pelas autoridades ucranianas e pela Reuters. Este ataque é o segundo contra embarcações civis em dois dias na região. No dia anterior, um navio atracado no Porto de Pivdennyi, carregando 6.000 toneladas de milho, também foi alvo de um míssil russo e sofreu sérios danos. Neste incidente, os 15 tripulantes a bordo escaparam ilesos.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andriy Sybiha, condenou as ações, classificando-as como uma “tática terrorista deliberada” para enfraquecer a economia ucraniana e colocar milhões de pessoas em risco de fome. Em uma declaração na plataforma X, Sybiha apelou para a união internacional, pedindo que os países e organizações se unam para deter a agressão russa e garantir a liberdade de navegação no Mar Negro, crucial para a segurança alimentar global.
O navio atingido em Odesa foi o 21º incidente contra embarcações civis desde o início do conflito, em fevereiro de 2022. Apesar dos ataques, o Ministério da Agricultura da Ucrânia informou que o país exportou 11,2 milhões de toneladas de grãos desde o começo do ano comercial 2024-25, em julho, superando as 7,2 milhões de toneladas exportadas no mesmo período do ano passado. Entre os grãos exportados, destacam-se 6,5 milhões de toneladas de trigo, quase 3 milhões de milho e mais de 1,4 milhão de cevada. Para proteger o consumo interno, o governo ucraniano estabeleceu um limite de exportação de trigo de 16,2 milhões de toneladas para esta temporada.
