O café, considerado um alimento de alto valor no Brasil, destaca-se como a bebida que vale ouro. De acordo com Carlos Cogo, Sócio-Diretor de Consultoria da Cogo Inteligência em Agronegócio, o Brasil é o maior produtor e exportador mundial de café, cultivando principalmente grãos arábica e conilon (robusta). O país responde por 40% da produção global e 32% das exportações de café, consolidando sua posição de liderança no setor.
Os tipos de grãos cultivados no Brasil são o café arábica (Coffea arabica) e o café conilon (Coffea canephora). O café arábica é cultivado em regiões de maior altitude e clima ameno, apresentando um sabor suave, aromático e complexo, além de ter menor teor de cafeína. Já o café conilon, produzido especialmente em Rondônia, é mais resistente a pragas e condições climáticas adversas, oferecendo um sabor mais intenso e uma maior concentração de cafeína. Essa variedade é frequentemente utilizada em blends e na produção de café solúvel.
Em termos de produção, a cultura do café ocupa 2,2 milhões de hectares no Brasil, com um faturamento estimado em R$ 70 bilhões para 2024. Aproximadamente 70% da produção é composta por café arábica, com Minas Gerais, São Paulo e Paraná como os principais estados produtores. O restante, 30%, corresponde ao café conilon, sendo o Espírito Santo e Rondônia os destaques nesse segmento.
Nas exportações, o café é a quinta commodity agrícola mais exportada pelo Brasil, que se posiciona como líder mundial, enviando grãos para 152 países. Os principais importadores incluem Estados Unidos, Alemanha, Bélgica e Itália. O café verde representa 85% das exportações brasileiras, com um crescimento nas vendas de café solúvel e torrado, refletindo a evolução do mercado global e as demandas dos consumidores.
