De acordo com José Carlos de Lima Júnior, Sócio do MARKESTRAT GROUP e Cofundador da HARVEN AGRIBUSINESS SCHOOL, os juros longos na China estão em queda, com os rendimentos dos títulos soberanos com vencimento em 50 anos próximos de 2,2%. Este é um marco significativo, pois é a primeira vez que os rendimentos dos títulos chineses caem abaixo dos do Japão. Para se ter uma ideia do impacto dessa mudança, em 2022, o governo chinês oferecia uma remuneração de 3,5% para esses mesmos títulos.
Essa estratégia pode ser interpretada como um movimento de Pequim para desvalorizar a própria moeda, o yuan. A medida parece ter como objetivo redirecionar o capital disponível para o refinanciamento da dívida imobiliária interna, buscando estabilizar um setor que enfrenta desafios significativos. A redução dos juros é um sinal de que o governo chinês está tentando estimular a economia em meio a um cenário econômico incerto.
A conclusão que se pode tirar é que, assim como em Brasília, há sinais de fumaça no horizonte econômico da China. Essa situação deve ser monitorada de perto, pois pode indicar movimentos mais amplos no mercado financeiro global, refletindo preocupações sobre a saúde econômica da segunda maior economia do mundo. A atenção às políticas monetárias e suas implicações será crucial para investidores e analistas nos próximos meses.
“Os rendimentos dos títulos soberanos, com vencimento em 50 anos, se encontram próximos de 2,2%. É a primeira vez que os rendimentos dos títulos da China caem abaixo dos títulos do Japão. Relevante destacar que, em 2022, o governo chinês remunerava em 3,5% (ou ~+35%) os portadores desses mesmos tutulos. Aparentemente, Pequim utiliza da estratégia de desvalorizar a própria moeda (yuan), fazendo com que os bancos redirecionem o capital disponível no refinanciamento da dívida imobiliária interna”, conclui.