De acordo com o relatório da TF Agroeconômica, os investidores que seguiram as recomendações de compra de trigo estão obtendo lucros significativos. Aqueles que adquiriram a R$ 525 estão ganhando R$ 11.739 por contrato, enquanto os que compraram a R$ 535 têm um retorno de R$ 8.844 por contrato. Já quem adquiriu a R$ 545 está com um lucro de R$ 6.149 por contrato. Em um ano de mercado relativamente estagnado para trigo e farinhas, as soluções financeiras no mercado futuro se mostram vantajosas, e a próxima semana será crucial para definir a tendência dos preços.
Entre os fatores que podem impulsionar os preços, destaca-se a situação adversa na Argentina. A Bolsa de Córdoba relatou danos significativos na principal província produtora, com aumento de estresse hídrico e geadas, o que pode elevar a proporção de lotes regulares e ruins. Além disso, fatores internacionais também influenciam a alta, como a redução na produção da União Europeia e do Canadá, problemas na safra russa e a baixa qualidade do trigo soft francês.
Por outro lado, há fatores que podem pressionar os preços para baixo. A análise semanal da Bolsa de Comércio de Rosário aponta que ainda resta vender 32% da oferta total do trigo da safra 2023/24, o que representa um atraso no ritmo de vendas. Os estoques disponíveis estão 52,91% maiores do que no ano passado, o que pode pressionar os preços. Além disso, a pressão do trigo do Mar Negro e a diminuição das exportações dos EUA contribuem para a volatilidade do mercado. No cenário atual, também é importante observar as fortes exportações ucranianas e as tomadas de lucros pelos fundos, que podem impactar os preços futuros do trigo.
