Em 2023, os investimentos chineses no Brasil chegaram a US$ 1,73 bilhão, um aumento de 33% em relação ao ano anterior. A maior parte dos investimentos foi para energias verdes, que representaram 72% dos projetos, o maior percentual desde 2007. O Brasil foi o 9º maior destino de capital chinês no ano. Em contraste, os investimentos chineses em países como Estados Unidos e Austrália caíram significativamente, enquanto os investimentos na Nova Rota da Seda cresceram 37% devido a iniciativas em energias limpas.
A pesquisa indica que os investimentos chineses na América Latina, incluindo o Brasil, têm diminuído em intensidade de capital, mas estão se concentrando em “novas infraestruturas” como energias renováveis, mobilidade elétrica, TI, infraestrutura urbana e manufaturas de alto padrão. No Brasil, o setor de eletricidade foi o principal destino em 2023, com 39% dos investimentos, focando em hidrelétricas e energias solar e eólica. O setor automotivo recebeu 33% dos investimentos, com um aumento de 5 pontos percentuais, destacando-se os projetos da Great Wall Motors e da BYD.
O estudo do Conselho Empresarial Brasil-China destaca oportunidades para atrair investimentos chineses no Brasil, focando na transição energética e na produção de bens intensivos em energia para exportação. O país se beneficia de uma matriz energética limpa, abundância de água doce, reservas de minerais críticos e estabilidade geopolítica. O lançamento da pesquisa contará com a presença de Ricardo Bastos (GWM Brasil), Marcello Von Schneider (BYD Brasil), Jorge Arbache (UnB), Leandro Borges (Bradesco) e será moderado por Cláudia Trevisan (CEBC). O Embaixador Luiz Augusto de Castro Neves, Presidente do CEBC, também participará do evento.
